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Muito utilizado nas construções mais antigas, os forros de estuque eram uma forma barata de fechar o espaço entre o telhado e os ambientes das construções. As casas possuíam em geral uma cobertura de telhas de barro sobre estrutura de madeira e o estuque estava presente na maior parte das construções, tanto nas de baixa renda quando nas da população de mais alto poder aquisitivo. Em geral eram apenas pintados com cal, mas às vezes possuíam detalhes rebuscados e até pinturas decorativas realizadas por artistas importantes.
CONSTRUÇÃO DO FORRO DE ESTUQUE
O forro de estuque consiste normalmente de uma trama de sarrafos de madeira de cerca de 10 cm de largura e espaçados a cada 50 cm uns dos outros, formando um quadriculado. Uma tela de arame (também chamada de deployé) é fixada com pregos nessa trama de madeira, e vai servir de suporte para uma argamassa composta de areia fina, cal e um pouco de cimento. Após a aplicação e tendo havido a pega inicial a massa é alisada e pintada, normalmente usando-se a cal para esta pintura.
Como toda a estrutura é composta de sarrafos de madeira, a grande parte dos forros de estuque existentes encontra-se com problemas de conservação, sofrendo o ataque intensivo de cupins. Além disso, como existem apenas em construções mais antigas, os forros de estuque já sofreram ao longo vida com vazamentos oriundos dos telhados, o que pode acarretar um apodrecimento de parte do madeiramento.
Logo, na reforma dessas casas, a substituição dos forros de estuque é praticamente uma obrigação. As únicas exceções são os forros que apresentam pinturas artísticas: nesse caso, o trabalho é mais complexo e requer, muitas vezes, restauradores para tratar do cupim e do apodrecimento da estrutura, sem danificar a pintura. Entretanto, na maioria dos casos, o melhor é substituir totalmente o estuque por outro tipo de forro.