Ambientes hidrotermais: um laboratório natural de poluição
Faculdade de Ciência e Tecnologia
Programa de Doutoramento em Ambiente
Ambientes Hidrotermais: um Laboratório Natural de Poluição
”Discussion Paper”
Sueli Ventura
2011
Introdução A finalidade deste “discussion paper” é comentar a apresentação da Profª. Drª Maria João Bebianno – Ambientes Hidrotermais: Um Laboratório Natural de Poluição, realizada no auditório da Biblioteca do Campus da Caparica da UNL em 28 de novembro de 2011. Esta apresentação é parte do grupo de Seminários Obrigatórios da disciplina Seminários de Investigação do Programa de Doutoramento em Ambiente da FCT-UNL.
Comentários
A apresentação centra-se em trabalhos realizados e publicados pela Profª Drª Bebianno na vertente de usar as fontes Hidrotermais como Laboratórios Naturais de Poluição. A presença de vida nestas condições extremas é que sugere tal uso. Vida em ausência de fotossíntese algo que era considerado impossível. Neste caso os organismos foram buscar o oxigênio nas bactérias: Quimiossíntese. Há uma simbiose com determinado tipo de bactérias, que oxidam o H2S e ele assim se transforma em um nutriente para os organismos.
Nem todos os campos hidrotermais têm as mesmas espécies e é necessário tentar perceber como é a adaptação destes organismos a diferentes ambientes. Grande quantidade de mexilhões, camarões, caranguejos, esponjas e muitas outras espécies que dependem da comunidade quimiossintética presentes cobrem as chaminés nas fontes hidrotermais recentemente classificadas pela União Europeia como Sítios de Interesse Comunitário.
As primeiras fontes hidrotermais foram descobertas em 1977 nas Ilhas Galápagos. Aparecem nas junções das placas tectónicas e tem uma concentração na Cordilheira Médio Atlântica.
Os Açores são uma área de grande riqueza em fontes hidrotermais. A primeira que foi aí descoberta foi a Lucky-Strike em 1992. Em 1998 foi descoberta a Monte Saldanha, assim denominada em homenagem ao Prof. Saldanha,