Ambiental
Trata-se de uma Santa Casa de Misericórdia (hospital sem fins lucrativos com administração privada, mas vinculado ao Sistema Único de Saúde) inaugurado no inicio da década de 1980, para atender uma população de 70.000 habitantes, com um corpo profissional de 450 pessoas. É praxe o gap de até 120 dias para recebimento das consultas, exames e cirurgias realizadas, tanto pelo SUS como por outros planos de saúde. Hoje depois de 30 anos de inaugurado o hospital não sofreu nenhuma intervenção de reforma pesada, somente reformas pequenas e reparos emergenciais, sem alterar o perfil da infra-estrutura existente. Este hospital passou a atender uma população de 210.000 pessoas, um crescimento de 300%, e o corpo técnico cresceu somente 10%. Com as constantes alterações da cobertura mínima exigida para os planos de saúde, e com a necessidade de manter a relação com as operadoras de plano de saúde, a Santa Casa, ampliou os procedimentos que realizava, sobrecarregando a infra-estrutura, já precária, por mais de 30 anos sem intervenção e manutenção devidas. Listemos algumas:
1. A Santa Casa foi favorecida por emendas de parlamentares da região e adquiriu diversos aparelhos de diagnóstico de última geração, que foram instalados sem que a rede elétrica existente fosse capaz de atender a nova demanda – conseqüência: equipamentos novos fechados e ainda embalados, e picos de energia, com freqüência de curtos circuitos em diversos pontos do hospital 2. O sistema de tratamento de esgoto dimensionado dentro da Santa Casa (uma pequena ETE), com o objetivo de evitar o encaminhamento para a rede de possíveis contaminantes, não atende mais a demanda (pois cresceu 3 vezes), e é comum o seu transbordamento contaminando o solo e a área onde se localiza a ETE (sem falar do mau cheiro) – com