AMBIENTA O
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – CCHL
CAMPUS TORQUATO NETO
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM LETRAS PORTUGUÊS/ BLOCO V
DISCIPLINA: ESPAÇO GEOGRÁFICO NA NARRATIVA
PROFESSOR (A): SILVANA MARIA PANTOJA DOS SANTOS
ALUNA: TAÍS FERREIRA DE MORAIS SOUSA
ESPAÇO ROMANESCO E AMBIENTAÇÃO, DE OSMAN LINS.
TERESINA, MAIO DE 2015.
Lins, Osman. Espaço romanesco e ambientação. In: ------ Espaço romanesco e Lima Barreto, São Paulo: Ática, 1976. (p.77-94)
O texto Espaço romanesco e ambientação de Osman Lins traz inicialmente os conceitos dos temos “caracterização” e “ambientação”. O primeiro corresponde aos meios, os processos, a técnica empregada pelo ficcionista no sentido de dar existência às personagens. Já o segundo, seria o conjunto de processos conhecidos ou possíveis destinados a provocar, na narrativa, a noção de um determinado ambiente.
Segundo o autor, o estudo de uma personagem será incompleto se também não for investigada a sua caracterização. De acordo com ele, a personagem existe no plano da história e diz respeito ao objeto em si; Já a caracterização existe no plano do discurso e diz respeito à execução da personagem. O autor ressalta que para a aferição do espaço, leva-se em conta a experiência de mundo. No entanto, para ajuizar sobre a ambientação é necessário certo conhecimento de arte narrativa.
Osman Lins faz a seguinte classificação de ambientação: ambientação franca, ambientação reflexa e ambientação dissimulada ou oblíqua. Essa classificação atende às relações do espaço com o fluxo da narrativa, envolvendo narrador e personagens.
A ambientação franca é marcada pela introdução pura e simples do narrador. Por vezes ela é levemente mediada pela presença de uma ou mais personagens. Na ambientação reflexa, as coisas são percebidas através das personagens. Nesse tipo de ambientação deve-se manter em foco a personagem evitando uma temática vazia. A ambientação reflexa é narrada em terceira pessoa, mas podem