ambev
Esta monografia estuda o processo de fusão da Antarctica com a Brahma, quando foi criada a AMBEV, e seus desdobramentos sobre a cadeia de distribuição. A motivação deste estudo vem de recentes denúncias de alguns distribuidores encaminhadas ao CADE
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica)1 contra as práticas comerciais tomadas pela AMBEV após sua consolidação.2
As fusões são atos concentracionistas que fazem parte do processo de desenvolvimento capitalista. A década de 1990 foi marcada pela intensificação deste tipo de acontecimento pelo mundo. Será mostrado nessa monografia que as fusões podem acelerar o processo de crescimento da firma e dá-se tanto no sentido vertical quanto no sentido horizontal. Em ambos os casos busca-se escala de produção mais eficiente, racionalização de custos, proteção contra concorrentes existentes e potenciais e, muitas vezes, intensificação de avanços tecnológicos.
Assim, pode-se dizer que a fusão é fruto da globalização, mundialização ou até mesmo da internacionalização da economia. Com a globalização, para permanecer no mercado é necessário ser competitivo, ou seja, adotar estratégias que permitam à empresa manter ou elevar sua participação de mercado.
O mercado de cervejas brasileiro também passou pelo processo de concentração através da fusão. Esta tendência já havia sido observada pelas tentativas frustradas no
CADE de associação da Antarctica com a Anheuser-Bush e da Brahma com a Miller.
1
O CADE tem como função primordial promover a concorrência no mercado brasileiro e funciona como um colegiado em que decisões são tomadas pela maioria dos votos dos sete conselheiros, que atuam de forma independente durante o mandato de dois anos.
2
Sobre isto consulte-se : Pereira (2003)
6
A formação da AMBEV permite a melhor racionalização da produção, distribuição e comercialização, o que torna as duas empresas mais competitivas. Contudo, isto pode ser danoso aos consumidores dado o grau