AMBEV A fus o e seus efeitos no mercado de cerveja
AMBEV: FUSÃO E SEUS EFEITOS NO MERCADO DE BEBIDAS
THIAGO HEIDE SILENCIO
RA00132770
Professor: Darcio Genicolo Martins
São Paulo
2014
1. Introdução
No dia primeiro de junho de 1999, o mercado de bebidas recebeu a notícia de que duas gigantes do setor, Brahma e Antarctica se fundiriam, formando aquela que seria a terceira maior cervejaria do mundo, a qual hoje conhecemos como AmBev.
A operação resultaria na concentração de cerca de 73% do mercado de cerveja, fato que desagradou concorrentes e levou o CADE à disputa.
. O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), órgão do Ministério da Justiça tem como principal finalidade promover um economia competitiva, sendo composto pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Justiça, cuja a principal função é zelar pela livre concorrência no mercado brasileiro, SDE – Secretaria de Direito Econômico, órgão do Ministério da Justiça e o Seae – Secretaria de Acompanhamento Econômico, vinculada ao Ministério da Fazenda.
O presente trabalho tem como objetivo analisar a fusão entre as duas maiores marcas brasileiras de cerveja e refrigerante anunciada no primeiro semestre do ano de 1999 e discutir a decisão do CADE.
2. Descrição do caso
O mercado afetado pela fusão de duas grandes empresas brasileiras de bebidas que deu origem a Ambev tem como principal área de atuação o setor de cervejas e refrigerantes.
2.1 Refrigerantes
O mercado de refrigerantes brasileiro é caracteristicamente concentrado, sendo a Coca-Cola o principal player. O índice de Herfindahl-Hirshman (HHI) refere-se à concentração do mercado, em 1990 o índice brasileiro era de 3950, passando para 2.800 em 1990. A diminuição da concentração ocorreu por conta do crescimento da participação das “tubaínas” no setor, mas ainda assim é evidente o alto nível de concentração, sendo que a partir de 1800 o mercado já é considerado