AMAZONIA
O Brasil tem levado cartão amarelo há algum tempo, devido às faltas violentas contra a própria biodiversidade. Dados do governo revelam que uma área de 165 000 quilômetros quadrados - equivalente aos Estados do Espírito Santo e de Santa Catarina juntos - já foi devastada, na Amazônia, para agricultura, e posteriormente abandonada. O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou a biopirataria em 1997, mostrou que substâncias de diversas espécies nativas foram patenteadas por estrangeiros e os brasileiros nem se deram conta. Segundo a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), no Brasil são capturados ilegalmente 38 milhões de animais silvestres por ano. E, para completar o placar negativo, do conjunto dos biomas - grandes grupos de ecossistemas - que inclui a Mata Atlântica, os Campos Sulinos, a Caatinga e o Pantanal resta apenas 12% da cobertura original.
Apesar do cenário sombrio, o país se movimenta para reverter o jogo. Existem projetos de conservação e desenvolvimento sustentável espalhados por todo o país, sob a batuta do Ministério do Meio Ambiente, de organizações não-governamentais (ONGs), de universidades e de comunidades locais. Aos poucos, a sociedade se dá conta de que não adianta trancar