AMANDA DE JESUS GOMES DE OLIVEIRA
SERRA, Jennifer. O documentário animado: quando a animação encontra o cinema do real. Campinas, 2011.21p.
O documentário animado situa-se entra a ficção e não ficção. A animação sempre esteve ligada ao mundo imaginário e se afasta da realidade. Nesse confronto são estudadas algumas questões entre a animação e documentário.
O documentário animado é antigo, o pesquisador Paul Wells (1998) utiliza o termo “animação com tendência documental”. A história da animação começa antes da invenção do cinema, com as imagens animadas geradas a partir de brinquedos ópticos como o fenaquistiscópio, que está na origem dos primeiros aparelhos cinematográficos, inventado pelo físico belga Joseph Plateau.
Coetâneo de Winsor McCay, John Randolph Bray, um dos pais da animação, realizou diversos filmes, principalmente filmes educativos e de treinamento na Primeira Guerra Mundial. Trabalhando para Bray, os irmãos Fleischer criaram e patentearam o processo de rotoscópia em 1917. Essa renovada máquina foi muito usada nos filmes de Disney como a Branca de Neve e os sete anões (1937). O interesse de Disney pela tecnologia foi fundamental para o crescimento da animação. Com suas aspirações, ele tornou mais fácil o processo de animação e com suas produções hiper-realistas, ditou os cânones da animação. O domínio de Disney nessa área se tornou base para outros animadores, pois definiu o grau de realismo.
Os estúdios de Walt Disney produziram vários filmes de animação com participação de outros animadores com intenção de defender a ideia e os argumentos estratégicos americanos durante a Segunda Guerra Mundial. As animações se tornaram meios de passar informações e comerciais do governo ou de empresas privadas e assim se aproximaram da realidade, do documentário.
A fórmula de ‘entrevista animada’ é aproveitada até hoje. O documentário animado que pode ser considerado mais recente é o filme dinamarquês Slaves, de David Aronowitsch e Hanna Heilborn, exibido no