Além do Princípio do Prazer - Resumo

O autor começa afirmando que o princípio do prazer regula que os caminhos que os eventos mentais tomam. Estes eventos sempre ocorrem à procura de evitar certa tensão, o que resulta em evitação de desprazer, ou produção de prazer. A descrição econômica destes fatos é chamada de metapsicológica. As impressões que se tem sobre o princípio do prazer em outras esferas do conhecimento, tornam-se claras e impossíveis de serem evitadas. O prazer foi relacionado com a quantidade de excitação presente na mente, mas não num sentido de aumentativo e diminutivo, e sim em determinados períodos de tempo. A obra de G. T. Fechner tornou-se de fundamental importância, uma vez que ele relacionou este princípio numa comparação de condições de instabilidade e estabilidade com os sentimentos de prazer e desprazer. É incorreto afirmar que o princípio do prazer exerce certa dominância na vida mental. Este decorre do princípio de constância, e apesar de existir de fato uma forte tendência no sentido do prazer, os processos mentais também são acompanhados por outras instâncias. Assim, sobre a influência dos instintos de autopreservação do ego, o princípio de prazer, é substituído pelo princípio de realidade, o que também não foge a intenção fundamental de obtenção de prazer. Esta substituição se deve à vivência de experiências desagradáveis, outra ocorrência se dá quando o ego mostra instintos individuais incompatíveis, assim um dos objetivos é expelido pelo processo de repressão, o que transforma uma possibilidade de prazer em uma fonte de desprazer – o que caracteriza o desprazer tipicamente neurótico, um prazer que não pode ser sentido como tal. A maior parte do desprazer que experimentamos é perceptiva, ou seja, oriunda de instintos insatisfeitos ou da percepção externa do que é aflitivo em si mesmo. No segundo tópico a discussão começa sobre as diferenças entre alguns tipos de neurose: A neurose traumática, típica de acontecimentos trágicos nas guerras, que geralmente aparecem