Alvaro de campos
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| |Agrupamento de Escolas Dr.ª Laura Ayres |
Álvaro de Campo
Heterónimo pessoano que tem três fases: decadentista; a do futurismo e do sensacionismo; por fim, a intimista.
Inicialmente, encontramos um Campos dominado por sentimentos de tédio, enfado, náusea, cansaço, abatimento e necessitado de novas sensações. Tal é o reflexo da falta de um sentido para a vida e a necessidade de fuga à monotonia. Um dos poemas mais exemplificativos desta fase é o “Opiário”.
Segue-se a fase designada de sensacionalista e futurista, marcada por uma poesia triunfal, enérgica, repleta de vitalidade, manifestando predilecção pelo belo feroz – o que virá contrariar a concepção aristotélica de belo. O ideal futurista fá-lo exaltar a necessidade de uma nova vida futura, onde se tenha consciência da sensação do poder tecnológico e do triunfo.
Esta fase também está marcada pelo excesso violento de sensações à maneira de Whitman “Sentir tudo de todas as maneiras”.
O poema “Ode Triunfal exemplifica claramente esta fase poética de Campos.
Após uma procura, em vão, da totalidade associada ao mundo mecanizado, Álvaro de Campos sente-se mergulhado numa abulia e num tédio resultantes de uma caminhada inglória, do insucesso face ao pretendido. Este Campos decaído, cosmopolita, melancólico, irmão de Pessoa ortónimo no cepticismo, na dor de pensar e nas