Alvares de Azevedo
A melancolia e a presença da morte eram temas presentes em suas obras. (provavelmente por saber do estado de saúde que se encontrava, & também por passar pela experiência da morte do irmão & de dois amigos da faculdade)
Foi inspirado pela literatura de Lord Byron e Musset que levavam uma vida boêmia, voltada para o vício e os prazeres da bebida, do fumo e do sexo.
Entre as características de suas poesias estão o egocentrismo, pessimismo, melancolia, desejo de evasão, intimismo, desilusão adolescente, tédio, satanismo, erotismo difuso e obsessivo e negativismo boêmio. Essa combinação de sentimentos foi denominada “mal-do-século”
Não só este, mas os poemas de Álvares têm como principal característica o ultra-romantismo, (ele não se apegava aos temas e posturas do Romantismo nacionalismo e indianismo, mas ao subjetivismo, o egocentrismo e o sentimentalismo que foram bastante acentuados.)
Poema em si
O poema fala sobre a morte, & a desilusão com a vida.
A morte no poema é vista como escapismo, ou seja, ele não aceita a realidade e encontra na idéia da morte, refúgio para não sentir dor. Ele é tão indignado com a vida que afirma "deixá-La como quem deixa o tédio.
Fala sobre os sentimentos que seriam sentidos pelos parentes que para ele são seus únicos amigos.
Fala também sobre a desilusão amorosa, ele sonhava com esse amor, como se a bela virgem como ele a descreve o mantesse vivo & com esperanças & ao mesmo tempo fala sobre a não-realização desse amor.
LEMBRANÇAS DE MORRER
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como o desterro de minh'alma errante,
Onde o fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade - é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade- é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas.
De ti, ó minha mãe, pobre coitada
Que por minha tristeza te