alunos com surdez
Durante muito tempo os surdos tiveram (e têm ainda hoje) que enfrentar algumas dificuldades em relação a sua cultura, identidade e especialmente a sua educação. Segundo Honora e Frizanco (2009), no período da Idade Média, os gregos consideravam os surdos como seres incapazes de viverem na sociedade. Líderes sociais da época, como Aristóteles, por exemplo, ensinavam que a criança ao nascer surda, por não se comunicar através da fala, não conseguia raciocinar. Logo, o surdo era visto como um ser inapto a exprimir ideias e sentimentos.
Os surdos “não tinham direito a testamentos, a escolarização e a frequentar os mesmos lugares que os ouvintes.” (HONORA; FRIZANCO, 2009, p. 19). Sendo, portanto, colocados nas classes de doentes mentais e das pessoas que possuíam qualquer outra doença. No entanto, em 360 a.C., Sócrates, grande educador propondo a ética, afirmou que os surdos precisavam se comunicar com as mãos e corpo, tendo muita repercussão naquela época.
Com o passar do tempo, os romanos, influenciados pela Grécia, trouxeram ideias parecidas acerca dos surdos. Para eles, o surdo era uma pessoa imperfeita e que deveria ser afastada totalmente da sociedade. Mas uma grande parte dos surdos estava na classe dos nobres, que “para não dividir suas heranças com outras famílias acabavam casando-se entre si, o que gerava grande número de surdos entre eles.” (HONORA; FRIZANCO, 2009, p. 19).
A Igreja, percebendo que o isolamento dos surdos (nobres) da sociedade geraria um pequeno “desconforto financeiro” na instituição religiosa, logo, estabeleceu uma forma de educação para os surdos, que ficou intitulada como Educação Preceptorial.
Honora e Frizanco (2009) dizem que a educação preceptorial era regida por preceptores que iam até as casas dos surdos aplicando seus métodos educativos. Os preceptores encarregados da época para fazerem isso eram os monges que há algum tempo tinham feito um voto denominado Voto de Silêncio.
O voto recebeu essa