Aluno
09.Mai.2014
De acordo com a nova Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última década, a indústria extrativista dobrou a participação na composição do Produto Interno Bruto (PIB). O peso do setor dentro do cenário industrial nacional saltou de 5% em 2000 para 11,2% em 2010. Entre as explicações para o salto está a descoberta do pré-sal, em 2006, que aumentou a importância da produção de petróleo na economia brasileira.
Na análise só da nossa participação, somando a produção de petróleo e gás natural como o setor de refino, o nosso peso na indústria brasileira passou de 9,7% para 13,4%. Os 3,5 pontos percentuais a mais significam uma alta superior a do setor automotivo no período.
O refino de petróleo, por exemplo, subgrupo da indústria de transformação, passou de 8% para 10,3%. Outro exemplo do efeito Petrobras é o setor naval. Hoje, segundo a pesquisa, é 10 vezes maior do que no ano 2000. A indústria pontuava com 0,02% e aparece agora com 0,25%.
Somos responsáveis por esta recuperação do setor. Com a perspectiva de dobrar a produção para 4,2 milhões de barris de petróleo por dia até 2020, encomendamos ao setor naval, para entrega entre 2012 e 2020, 28 sondas de perfuração, 49 navios, 38 plataformas de produção e 146 barcos de apoio.
Dos barcos de apoio, sessenta e uma embarcações estão em construção e 26 já foram entregues.O conteúdo nacional dessas obras varia de 55% a 75%. A primeira sonda brasileira, com conteúdo local de 55%, será entregue em 2015. Das plataformas de produção, 9 já foram entregues e 29 estão por vir com conteúdo local entre 65 e 75%. Os números são relevantes para uma indústria que retomou sua capacidade de realização a partir de 2003.
Hoje, a indústria naval conta com 75 mil trabalhadores e deve chegar a 100 mil ainda em 2017, segundo estimativa do Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria de Construção e