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Quem fica ligado nas notícias e não se desconecta do mundo lá fora já percebeu que as coisas na Europa não estão muito boas. Isso porque há uma crise econômica e financeira grave no continente, que está atingindo principalmente os países do grupo denominado “PIIGS” – Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha. A Grécia, então, está na berlinda dos endividados. A situação lá, porém, pode causar efeitos negativos em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Mas como tudo começou? As origens da crise européia estão na grande crise que afetou a economia mundial em 2008, que obviamente agravou os problemas financeiros de algumas nações menos abastadas da União Européia (UE). Para evitar a quebra desses países, os governos prepararam pacotes bilionários de ajuda, mas a medida não conseguiu aumentar a arrecadação, apenas gerando mais dívidas.
Para o economista e escritor Rodrigo Constantino, o grande erro por parte dos governos foi (e é) gastar mais do que se arrecada. “Os investidores começaram a exigir taxas de juros cada vez maiores, por conta do risco maior de default (calote, ou não pagamento por parte das nações endividadas) e uma expectativa de deterioração à frente. Sem drásticas reformas fiscais, a conta simplesmente não fecha”, explica.
Na Grécia o caso é ainda mais delicado. A nação que já foi considerada um império, berço da civilização ocidental, hoje está com suas finanças quase em ruínas, amargando um rombo nas contas públicas, cujo valor chega a 113% do seu Produto Interno Bruto (PIB). Como bem sabemos, o PIB é a soma de todas as riquezas produzidas num país. Então, mesmo se usassem tudo o que produziram em um ano para pagar as dívidas, os gregos ainda estariam com as contas no vermelho. E se isso se estender por dois anos, o país pode até ser expulso da UE.
Ajuda externa
O cenário é tão crítico que motivou a UE e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que funciona como um