ALUNO
Considerei interessante, porém ao mesmo tempo desconfortável, introduzir esta fala de Dan Yashinsky no início deste tópico. Podemos perceber que, por mais que em uma primeira leitura ela possa vir carregada de sarcasmo ou mesmo de sátiras e ironias de uma realidade latente: a cada dia, a sociedade capitalista em que vivemos se utiliza mais e mais da tecnologia, da informatização e, cada vez menos, do contato interpessoal e das possibilidades educativas que estabelecem, para crianças e adultos, especialmente, quando se tem por finalidade a narração de uma estória. Escrevo narração de uma estória e não contação de uma história, ou outras formas possíveis, com o objetivo de salientar que narrar é diferente de contar, e que estória também se difere de história. Tomando Guimarães Rosa por embasamento – com o intuito de provocar – “a estória não quer ser história. A estória, às vezes, quer-se um pouco parecida à anedota” (1969, p. 7). Colocando em questão, primeiramente, a diferença entre estória e história, creio ser relevante a seguinte definição:
5 Em YASHINSKY, Dan. Isto me lembra uma história. Jornal “The Globe and Mail”, 13 julho de
1985. Disponível em: http://escuta-so-espaco.blogspot.com/2009/07/isto-me-lembra-uma-historia.html.
Acesso em: 15 nov. 2009. 14
(...) eis que sempre tomei história para textos tidos como reais passagens da trajetória humana na vida. Uma história pode até ser contada em mais que uma versão, mas sempre será sobre fatos.
E, para estória, tenho aquelas