Aluno

O desenvolvimento infantil tem sido objeto de diferentes análises e interpretações nas diversas abordagens da psicologia ao longo da história dessa ciência. Entretanto é possível perceber uma vertente comum em todas essas explicações do desenvolvimento de uma criança: o enfoque naturalista, o que significa compreender a criança como um individuo isolado.
Desse modo as fases do desenvolvimento são descritas como partes de um ciclo vital universal e idêntico para todos os homens, estabelecendo assim nessa perspectiva um caminho natural e espontâneo quanto ao desenvolvimento podendo sofrer algumas influências sociais.
Vigotski, Leontiev, Luria e Elkonin, alguns dos principais representantes da Psicologia Histórico-Cultural, negam a análise do do desenvolvimento psicológico infantil com um processo natural que seguem uma ordem única e universal. Elokonin ainda afirma que é existem períodos do desenvolvimento da criança em que elas tendem a sofrer maiores influências do meio social em que vivem.
Vigotski levava em consideração o meio em que a criança se desenvolvia, sendo que o desenvolvimento de uma criança vivendo em uma comunidade europeia dos dias atuais, seria diferente do desenvolvimento de uma criança vivendo em uma comunidade da Idade da Pedra ou da Idade Média.
Já Elkonin partia do pressuposto que o desenvolvimento de uma criança estava mais relacionado a sua ocupação no meio social, onde crianças que eram empregadas em meios de trabalhos apresentariam desenvolvimento diferente de crianças que apenas frequentassem meio escolar. Leontiev segue o mesmo pressuposto de Elkonin e ainda afirma que os estágios do desenvolvimento não são imutáveis, visto que esses estágios é determinado por condições históricas concretas.
Nesse sentido, vemos que Vigotski, Leontiev e Elkonin concebiam o desenvolvimento infantil como fenômenohistórico não determinado por leis naturais universais, mas intimamente ligado às condições objetivas da organização social, sendo