Aluno ainda : leviano
52
Cf. C
OSTA
, 2000, p. 46, 47.
53
Cf. P
IVATTO
, 2002b, p. 179, 181, 182, 194.
50
não o inverso. A noção de Deus – Deus sabe que eu não me oponhoa ela! Mas quando devo dizer algo sobre Deus, faço-o sempre apartir das relações humanas.
A abstração inadmissível é Deus
; eufalarei de Deus em termos de relação com Outros. Não rejeito otermo de religioso, mas adoto-o para designar a situação em que osujeito existe na impossibilidade de esconder-se. Não parto daexistência de um ser supremo e potentíssimo. Tudo o que podereidizer sobre ele virá dessa situação de responsabilidade, que éreligiosa no sentido de que o Eu não pode evitá-la. Se você quiser, éJonas que não pode fugir.
Você está diante de umaresponsabilidade de que não pode furtar-se, não está realmentena situação de uma consciência que reflete e, refletindo, járetrocede e se esconde
. É nesse sentido que eu aceitaria o termoreligioso, que não quero usar, porque é uma fonte contínua de mal-entendidos. Mas a situação excepcional, em que você está semprediante de Outros, em que não existe algo privado, eu chamarei desituação religiosa. Tudo o que em seguida direi de Deus partirádessa experiência, e não inversamente.
A idéia abstrata de Deus éuma idéia que não pode iluminar uma situação humana. Averdade é o inverso
.
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Reservamos [apenas] à relação entre o ser cá em baixo e o ser transcendente que não desemboca em nenhuma comunidade deconceito nem em nenhuma totalidade – a relação sem relação – otermo de religião. (…) A religião, em que a relação subsiste entre oMesmo e o Outro a despeito da impossibilidade do Todo – a idéia doInfinito – é a estrutura última
. (…) Mesmo quando tiver ligadoOutrem a mim pela conjunção “e”, esse Outrem continua a fazer-mefrente, a revelar-se no seu rosto. (…) inevitavelmente o Outro faz-me frente – hostil, amigo, meu mestre,