Em 1415 dá início à expansão marítima portuguesa com a conquista de Ceuta, cidade muçulmana do Norte de África. Motivos para a escolha de Ceuta: Posição geográfica – situada à entrada do estreito de Gibraltar, constituía um ponto estratégico importante, entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, sendo um porto de paragem quase obrigatória para quem ali passava; Activo centro de comércio terrestre – era um dos pontos de chegada das rotas de caravanas que traziam o ouro da zona a Sul do deserto do Sara; Zona de produção de cereais – Ceuta localizava-se numa zona fértil e rica em cereais. Apesar da conquista da cidade se ter feito com facilidade, os resultados esperados não se verificaram pois os mercadores muçulmanos desviaram as rotas de comércio que passavam pela cidade que, a partir de então passou a ser alvo de permanentes ataques. Isolada, quer por terra quer por mar, Ceuta tornou-se completamente inútil, não correspondendo às expectativas que a sua conquista suscitara. As viagens de descoberta Perante o fracasso que foi a conquista de Ceuta, os portugueses tentaram um outro caminho: o das viagens marítimas, através das quais procuraram atingir directamente as zonas produtoras de ouro. Neste momento é abandonada a política de conquista com que se iniciaram os descobrimentos, mais do agrado da nobreza que assim faria sentir o seu valor no aspecto militar, passando-se a uma política de descoberta, de cariz sobretudo comercial. A iniciativa das primeiras viagens coube ao Infante D. Henrique, filho de D. João I, e foi uma fase fundamental para as grandes descobertas que depois da sua morte se verificaram. Estas primeiras viagens foram realizadas navegando junto à costa (navegação com terra à vista), não exigindo pois grandes recursos nem grandes conhecimentos. Porém, à medida que se navegava mais para o sul, aquele método deixa de ser viável e os portugueses aprofundam os seus conhecimentos técnicos e