Alternativas para redução na emissão de CO2 na indústria
1) MOTIVAÇÃO
Com o passar dos anos, o clima do planeta Terra tem se modificado e um dos fatores que mais vem se alterando é a temperatura. As mudanças climáticas são reconhecidas como uma das mais sérias consequências dos padrões não-sustentáveis de produção e consumo.
O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) vem defendendo que o principal componente da elevação de temperatura diz respeito às emissões de gases de efeito estufa decorrentes das atividades humanas, sendo o dióxido de carbono (CO2) o grande vilão climático. Segundos os relatórios do IPCC (2007), o aumento da concentração de CO2 vem ocorrendo desde o início da revolução industrial, devido à demanda por fonte de energia e a utilização de grandes quantidades de carvão mineral e petróleo. Desde então, a concentração atmosférica de CO2 passou de 280 ppm (partes por milhão) no ano de 1750, para uma média de para 389,6 ppm em 2010 representando um aumento de aproximadamente 39%.
Apesar de inúmeras reuniões para tratar das questões ambientais internacionais e de medidas intervencionistas ao redor do mundo, as emissões de CO2 aumentaram 36% de 1992 a 2008, e concomitantemente a concentração de CO2 na atmosfera aumentou 9% de 1992 a 2011, pois a permanência desse gás na atmosfera perdura por cem anos. Em 2013, o mundo emitiu 32.270 Mt de CO2, sendo os maiores poluidores China, Estados Unidos e Índia, estando o Brasil em 11º no ranking (MME, 2014).
Muitos processos industriais emitem CO2 através da combustão de combustíveis fósseis e reações químicas que não envolvem a combustão, por exemplo, a produção de produtos como cimento, metais, tais como ferro e aço, e produtos químicos. De acordo com Brown (2012) os setores industriais com maiores emissões de CO2 são produção de ferro e aço (30%), indústria química e petroquímica (17%) e de cimento (26%).
De acordo com o relatório do IPCC divulgado em 2014, a concentração de CO2