CASE HAVAINAS – AS LEGÍTIMAS História Consideradas a mais simples resposta à necessidade de proteger os pés, as sandálias percorreram os séculos sob as mais diferentes formas. Sua simplicidade as faz perfeitas para os países de clima quente, sendo incorporada nas culturas do Mediterrâneo e de alguns países da Ásia. Trocar os sapatos que se está usando por sandálias, antes de entrar em casa, é um costume no Japão que demonstra respeito e humildade. Tudo leva a crer que foi a Zori, sandália japonesa, a fonte de inspiração para a criação das sandálias Havaianas em 14 de junho de 1962. Mas a versão nacional trazia um diferencial: eram feitas de borracha. Um produto natural, 100% nacional e que garantia calçados duráveis e confortáveis. Era tão simples a idéia da nova sandália que sua fama se espalhou feito rastilho de pólvora. Em menos de um ano, a São Paulo Alpargatas fabricava mais de mil pares por dia, o que levou ao aparecimento das imitações. A concorrência bem que tentou...mas não contava com a qualidade das “legítimas”, as únicas que "não deformam, não têm cheiro e não soltam as tiras". Bonita e gostosa, a sandália Havaianas se transformou num cult. Quem não tem pelo menos um par - de qualquer cor, não importa - está completamente desatualizado das peças básicas para qualquer guarda-roupa ou mala que se preze Um bom par de Havaianas combina com cidade, com praia, mar, céu azul, piscina e com vida dura. Em uma marcha do Movimento dos Sem-Terra sobre Brasília, milhares de homens, mulheres e crianças cruzaram o país calçando Sandálias Havaianas. Na outra ponta, socialites, artistas, o presidente da República, famosos pezinhos (e outros menos cotados) podem ser vistos dentro de coloridas Havaianas. Sem dúvida é a sandália mais democrática que se tem notícia. Calça “do mais pobre ao mais rico” - como disse o escritor Jorge Amado, que não dispensa a calça jeans e um par de Havaianas. Elas são a cara de pelo menos três gerações de brasileiros. Passaram pelo movimento