PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DA ALOPECIA ANDROGENÉTICA Linda Mary Gouget de Paiva, MD., Ricardo Frota Boggio, Ph.D., Juan Carlos Prado, MD; Adolfo Ribeiro Carlucci, MD; Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino-IBRAPE, São Paulo, Brasil. Autor: Linda Mary Gouget de Paiva, MD. Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino-IBRAPE Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 3005, casa 06 Jd. Paulista, São Paulo, SP – Brasil CEP: 01401-000 Fone/FAX: +55-11-21147700 E-mail: paivagou@uol.com.br INTRODUÇÃO Desde o início da história, o ser humano tem se preocupado com a aparência. Além de proporcionar proteção do crânio contra traumatismos e radiações solares, os cabelos estão diretamente relacionados a beleza. A veneração pelos cabelos influenciou imperadores, líderes religiosos, figuras da mitologia, além de ser referência social e cultural para muitas civilizações. Em todos os tempos e em todas as culturas, inúmeras fórmulas, poções mágicas, medicamentos exóticos e milagrosos foram testados no tratamento da calvície e, ao que se sabe, todos com resultados desapontadores. Estima-se que o couro cabeludo tenha cerca de 100.000 a 150.000 fios de cabelo e que o crescimento deles se faça em torno de 10 mm por mês, havendo uma queda normal de 60 a 100 fios por dia (AZULAY, 2004). Quanto à embriogênese, existem diferenças na origem dos cabelos da região fronto-parietal e os da região occipito-temporal. A derme fronto-parietal é derivada da crista neural, enquanto a da occipito-temporal, do mesoderma. Essa diferença embriológica determina as diferentes respostas dos folículos pilosos nessas regiões (CHONG, 2002). A perda de cabelos, ou alopecia, é uma conseqüência de alterações no folículo piloso. Se as alterações da matriz capilar forem transitórias e não destrutivas, ocorre um novo crescimento. Se as alterações provocarem a destruição da matriz, resultando na formação de escaras ou atrofia, acaba por produzir alopecia permanente. As alopecias têm várias causas e diferentes apresentações clínicas.