Allan k. Manchester a transferência do governo do Estado soberano de Portugal para o Rio de Janeiro.
A primeira encara os acontecimentos que levaram a decisão, tomada na noite de 24 de novembro. O cenário em Portugal não era deveras o melhor, caiu Portugal sob os fogos cruzados da França e da Inglaterra; Napoleão resolvera vedar as falhas que ainda restavam para completar seu Sistema Continental, isto é, a Dinamarca e Portugal. Napoleão inicia em 12 de agosto de 1807 uma operação contra Portugal, nessa data uma nota conjunta é assinada pela França e pela Espanha, entregue a Antônio de Araújo de Azevedo, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra e Assistente ao Despacho. Portugal deveria declarar guerra à Inglaterra, fechando os portos aos navios ingleses, tanto de guerra quanto mercantes. A transição se torna evidente nos pareceres dos Conselheiros e na Ação do conselho de Estado. Em 19 de agosto o conselho opinava pela resistência ao pedido de detenção dos ingleses e confisco dos respectivos bens. Em 21 de agosto um parecer de João Almeida de Melo e Castro examinou a situação e terminou por uma recomendação positiva. Admitia que, mesmo com a concordância da Inglaterra ao Estado de guerra. Portugal sofreria grave dano em seu comércio em face da interdição de qualquer comunicação com as colônias. Assim, só havia uma solução: A transferência. Até meados de outubro a corte permaneceu tranquila, confiando em que Napoleão tinha outros objetivos de maior importância que a invasão. Em 20 de outubro tendo em vista o parecer do Conselho o príncipe regente anunciou que Portugal abandonaria sua neutralidade política, aderindo a causa do continente. Em consequência foram dadas ordens de fechamento dos portos portugueses aos navios de guerra e mercantes. A corte portuguesa criou medidas que induziram Napoleão a suspender o avanço das forças francesas e espanholas. A decisão foi tomada na reunião