Alimentos da mata
Além de conseguirem alimentos da mata, encontram plantas medicinais canas para o preparo de flechas, fibras para cordas, cera, resinas e cal para a pintura corporal. Isso é o que se chama coleta: a retirada de produtos naturais da floresta. Também plantam mandioca, batata- doce, cará, milho, pimenta, cana-de-açúcar, algodão e banana e criam animais como galinhas e porcos. Culturas básicas, como mandioca, batata-doce, milho, banana e abacaxi são cultivadas em roçados. Animais como queixadas, antas e macacos e aves como o mutum são caçados para a alimentação.As crianças são sempre tratadas com dignidade e há ainda o cuidado e o respeito que recebem mulheres Os filhos acompanham os pais nas tarefas diárias, nas caçadas, nas colheitas do roçado, na confecção da comida e bebida, nas festas, nas danças, na produção de artesanato ... Assim vai aprendendo desde cedo ser independente e gostar do trabalho. Essa relação onde não há espaço para violências ou repreensões , aliada ao sentimento coletivo da terra , ao sentimento de solidariedade a vivência e experiência dos pais , avôs, tios conduz a uma educação natural e sadia de todas as crianças e jovens . Os primeiros contados com branco , trouxe para a aldeia a educação-escola, que tem aspectos positivos e negativos.O contato do povo indígena com a sociedade não-indígena gerou sérios impactos ao grupo, um deles foi a desestruturação da vida em aldeia para se transformarem em seringueiros, sob regime de semi-escravidão.
Com o início da demanda do mundo industrializado pela borracha, os empresários "Seringalistas", ou "Coronéis de Barranco" estabeleceram na Amazônia um sistema de semi-escravidão capitalista: Eles obrigaram grande parte da população indígena de forma violenta a trabalhar para eles, transformando-os em "caboclos seringueiros". Os trabalhadores nordestinos, que vieram na Amazônia em busca de emprego, caíram logo na dependência econômica dos Seringalistas e se tornaram os