Alice
Ao segui-lo, ela cai em um buraco, sob uma queda lenta e segura. Chegando no chão, percebe-se num salão redondo e cheio de portas. O porém é que nenhuma estava aberta, até mesmo uma minúscula, pela qual só pode espiar pela fechadura com um dos olhos e ver que, do outro lado, existia um jardim lindíssimo, o melhor jardim que ela já vira. Mas a porta também estava fechada, como chegar até o jardim?
Nisso ela notou uma chave em cima de uma mesa, e um frasco escrito "beba-me". Vendo que não se tratava de um veneno (pois seguramente não havia nada escrito sobre isso em seu rótulo), ela bebe todo o líquido do frasco e encolhe, podendo, assim, passar pela minúscula porta. Porém, ela olha para cima e percebe que esqueceu a chave da portinhola sobre a mesa, inalcançável, portanto, no seu tamanho atual. Numa situação em que Alice crescia e diminuía quando mudava seu objeto de desejo, o leitor se depara com, possivelmente, a primeira grande metáfora, aqui interpretada pelo dilema do adolescente (ser grande demais ou pequeno demais para determinada coisa?)
Depois de alcançar o jardim é que Alice realmente começa a tomar conhecimento dos indivíduos que habitam aquele país, e dos lugares que há por lá. Como o Rato e as Aves que ela amedrontou por contar histórias de sua gatinha Dinah; Bill, um Lagarto que sempre servia para receber ordens (ou para perder seu giz e tentar desenhar com o dedo numa lousa); uma Lagarta fumando narguilé que dá conselhos e trava conversas muito perturbadoras; o chá perpétuo na casa da Lebre de Março, acompanhada do