Alice no País das Maravilhas: interdisciplinaridade, currículo integrado e um grupo de professores que mergulhou na toca do coelho.
No texto de Tânia Cristina de Assis Quintino, ela relata que “No que se refere a processos formativos, o professor se constitui numa matriz disciplinar; mas, ao assumir sua profissão, entra num sistema que apresenta, como demanda, trabalhar interdisciplinarmente.”. Essa afirmação foi a primeira que me chamou atenção durante a leitura da tese de dissertação da professora, uma vez que concordo plenamente com esse trecho. Ser professor exige bem mais do que é visto em sua formação acadêmica. Óbvio que as informações teóricas adquiridas durante a vida acadêmica são essenciais, mas a prática e a experiência na vida de um profissional da educação é extremamente importante, pois o contato com a realidade gera maior conhecimento e sabedoria para agir corretamente nas inesperadas situações que a vida proporciona. Ao exercer a profissão, professores lidam com pessoas, e isso vai além de qualquer conhecimento aprendido na faculdade. A dificuldade de trabalhar com o ensino e pessoas não se trata só do embaraço de se relacionar com personalidades diferentes, de ideias muitas vezes opostas e de culturas distintas, mas sim de tentar atrair o respeito e a atenção do ouvinte para que, com a melhor forma de abordagem, o conhecimento dado seja absorvido.
É nesse aspecto que Tânia disserta sua tese de mestrado fazendo um paralelo entre a famosa obra de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas e sua aventura iniciada ao cair na toca do coelho, e os professores, que mergulham no novo a cada dia ao sair para dar uma aula. No texto, ela descreve mais detalhadamente sobre os professores integrantes de uma escola pública em Campinas e as dificuldades encontradas por estes na realização dos fazeres da sala de aula.
Bons resultados na educação são gerados através de bom ensino e aprendizagem. O texto coloca em debate essa questão do bom ensino. A