Alianças entre duas pessoas
Não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de
Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus.
Tiago 4.4
No mundo antigo, as alianças tornaram-se necessárias para que houvesse confiabilidade e até sobrevivência entre os vários povos. Por isso, devido a questões políticas, culturais, comerciais, familiares, pessoais, etc, realizavam-se pactos que visavam unir pessoas ou grupos a um tipo de propósito estipulado que geralmente interessava a ambas as partes. Entretanto, Deus, quando chamou o seu povo e o separou de todos os outros, para que assim servisse de referencial aos demais, instruiu-lhe acerca das implicações espirituais dessas alianças. O que outrora se fazia sem qualquer escrúpulo ou zelo (espiritualmente falando), estava agora sendo ensinado por Deus que não deveria ocorrer daquela forma. Os fins não justificariam os meios. Alianças que fossem realizadas fora da vontade divina, fossem elas políticas, por amizade, comerciais e também conjugais, revelariam mais tarde verdadeiras maldições e armadilhas do inimigo. Era preciso que Israel estivesse atento sobre o perigo de uma aliança malfeita.
Conforme temos estudado, as alianças têm um aspecto lícito e podem em muito nos beneficiar, quando entendidas e feitas corretamente. O homem pode fazer alianças com Deus, estabelecer votos, promessas e, então, prezando pelo seu cumprimento, só atrairá bênçãos para a sua vida. Entretanto, sabemos que, a partir do Novo Testamento, o que se tornou fundamental em nosso relacionamento com Deus é o sangue de Jesus Cristo que foi derramado na cruz tanto para nos redimir dos nossos pecados como para nos religar ao Pai, "porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados" (Mt 26.28). O sangue de Cristo tornou-se o símbolo do novo pacto entre Deus e o seu povo. Sabemos, no entanto, que,