Alguns impasses quanto à teoria das migrações
Fichamento:
Alguns impasses quanto à teoria das migrações
Neste capítulo o autor trata das dificuldades e da diversidade de trabalhos sobre a “Questão da Migração”. Se constituindo em objeto de análise e/ou intervenção em diversas ciências, planejadores e do estado. Contudo, não existe um campo uniforme entre esses discursos. O Autor ressalta o enfrentamento ideológico, as divergências políticas e metodológicas. Dentre essas diversidades de análises o autor faz a crítica à conceitos e metodologias recorrentes nesta temática, para isso cita, por exemplo, Salim, cuja a sua base teórica e conceitual é a mesma utilizada pela ONU.
“migração é definida como sendo o deslocamento de uma base definidora do fenômeno para uma outra (ou um deslocamento a uma distância mínima especifica), que se realizou durante um intervalo de migração determinado e que implicou uma mudança de residência” (United Nations apud. SALIM, 1992, p. 120). Aceitar a existência da questão migratória, e das formas de intervenção definidas como políticas migratórias, implica em descartar a ilusão do analista como observador privilegiado, à distância e nas alturas, do vagar de milhões de brasileiros. Os partidários deste tipo de enfoque, marcado pela realização dos estudos empíricos, situam-se, em princípio, alheios aos problemas conceituais acima, já que pretendem apenas o registro de uma realidade supostamente evidente. Porém, mesmo nesse caso persistem dificuldades na delimitação das áreas de origem e destino, na intervenção dos intervalos de tempo que definem a migração e na consideração de quais movimentos podem ser nomeados como fluxos ou correntes migratórias. Uma definição genérica, que procuram agrupar elementos inequivocamente constitutivos da migração é