Alguns Artistas Plásticos Maranhenses.
Um dos mais experientes e renomados pintores maranhenses, o Fransoufer, que assina as obras com seu nome de registro Francisco Sousa Ferreira, participa do salão com as telas: “Maranhão, meu Maranhão” (2); “Meninos passarinheiros” e “Estórias que avó contava”. Quem já conhece o trabalho do artista poderá ver apenas a variação temática, porém enxergará poucas evoluções plásticas da já conhecida obra de Fransoufer. O observador verá um trabalho marcado por uma construção barroca, com a cultural maranhense e a religiosidade presentes nas cores e nos símbolos utilizados pelo pintor. Nos últimos anos, ele tem construído seu trabalho sob a mesma linha, criando assim uma identidade, contudo que têm se repetido e não buscado uma diálogo maior com outros suportes. A fragilidade está na repetição e na falta de ousadia do trabalho.
A ousadia ausente nas propostas de Fransoufer pode ser encontrada nos inquietantes painéis do artista plástico Fábio Vidotti: “São Luís, cidade das cores” (3) e “Chernóbio” . O uso de peças de computadores mostra uma preocupação com o meio ambiente que o mineiro faz questão de defender verbalmente. Porém está na ressonância plástica e primeira impressão a força da arte. Os mecanismos de informática reaproveitados formam um sistema de violência influência sobre o tempo atual. Uma camada de tinta reluzentes e vivas disfarça os sentimentos digitalizados (mecanizados).
A performance “O Corpo Descartável”, do grupo Caco Teatro, é única performance inscrita no Salão de Artes Plásticas. Nela, o ator Jefferson Lima deita, dança, passeia e interage com corpos descartáveis. Ele busca ver a superficialidade de uma vida consumista e a resistência do plástico.
O II Salão de Artes Plásticas de São Luís, realizado pela Fundação Municipal de Cultura (Func), tenta retomar a política de percepção e divulgação dos trabalhos de artes visuais na capital maranhense, frisada como a Coletiva de Maio, na década