Algumas dicas para um bom texto publicitário
Um texto publicitário não costuma seguir normas rígidas, mas usar palavras simples, manter o trato coloquial, fornecer informação e fazer o target sonhar sempre ajuda.
Zeca Martins é o autor do livro Propaganda É Isso Aí! Volume 2, que aborda assuntos como criação, atendimento, planejamento e alguma legislação da propaganda. Reproduz e comenta também dois textos interessantíssimos sobre marketing e propaganda, respectivamente de Fernando Pessoa (ele mesmo, o poeta português) e Lima Barreto. Veja a seguir um trecho do livro.
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Zeca Martins
Não vou tomar seu tempo com determinada questiúncula corrente alhures, acerca de dever o texto publicitário ser curto ou longo. De cara, já vou afirmar que o texto de um anúncio não pode mesmo é ser pedante como a frase anterior (questiúncula corrente alhures, acerca de...? Que horror!). Faço a seguir algumas observações baseadas na experiência do dia-a-dia, e alerto que são apenas observações, porque não creio em normas rígidas para nada, muito menos para a elaboração de um texto publicitário.
Texto curto ou texto longo?
Muita gente - por achar que as novas gerações de consumidores representam o que não se poderia chamar exatamente de letradas, por seus níveis insuficientes de leitura e crescente apego à imagem - acredita que textos publicitários devam ser curtos ou, até, inexistentes.
É o pessoal que advoga a comunicação eminentemente conceitual, seja lá o que isso signifique. Por falar nisso, existe um ‘conceito’ por aí que diz que a atual geração (nascidos nos anos oitenta e após) é predominantemente formada por Xers (leia-se écsers), isto é, a turma do X, das opções por múltipla escolha, da linguagem de videogame, em suma, gente que não gosta de ler e quer receber a informação já mastigada, prontinha para digestão. Esta rapaziada estaria em contraposição aos boomers, no caso eu,