Algumas abordagens teóricas sobre a percepção
Introdução O termo percepção tem origem etimológica no latim perceptìo, ónis, que significa compreensão, faculdade de perceber; conforme ensina Houaiss (2002). Do mesmo dicionário extraíram-se as seguintes definições para o termo que parecem mais pertinentes ao objetivo introdutório deste trabalho:
• faculdade de apreender por meio dos sentidos ou da mente;
• função ou efeito mental de representação dos objetos;
• sensação, senso e o ato de exercer essa função;
• consciência dos elementos do meio ambiente através das sensações físicas;
• ato, operação ou representação intelectual instantânea, aguda, intuitiva;
• uso: formal consciência (de alguma coisa ou pessoa), impressão ou intuição moral;
• sensação física interpretada através da experiência;
• capacidade de compreensão Para Schiffman (2005), “a percepção (...) refere-se ao produto dos processos psicológicos, nos quais significado, relações contexto, julgamento, experiência passada e memória desempenham um papel”. Diante dessa consideração inicial, Schifmann (2005) aponta a importância do estudo da sensação e percepção, principalmente em razão dos conceitos, problemas e temas que essas questões suscitam para a história da ciência, bem como a relevância do conhecimento de como o sujeito e do ambiente (o mundo exterior e a sensação interna que o indivíduo) funciona. O autor alerta ainda que, ao se estudar a sensação e percepção, ajuda aos pesquisadores e demais e interessados a responder questões básicas relativas à existência diária, principalmente de como se houve e se vê, de como se sente o gosto e o uso dos demais sentidos. Assim, analisar o conceito de percepção a partir de diversas abordagens implica numa discussão sobre as relações da dupla sensação-percepção, seguida da discussão de aspectos filosóficos e psicológicos. Nesse sentido, o entendimento inicial perpassa pela compreensão do que seja percepção, inicialmente, do ponto de vista