Algodão Colorido
Senai Cetiqt – Engenharia Têxtil Mayara Botelho Fiuza de Melo
História:
O algodão colorido foi desenvolvido pelos incas em 4.500 AC, bem como por outros povos antigos das Américas, África e Austrália. No entanto sua utilização se limitava ao artesanato por possuir fibras fracas e pouco uniformes. A maioria das espécies primitivas de algodão possuem fibras coloridas, principalmente na tonalidade marrom. No Brasil, foram coletadas plantas de algodoeiros asselvajados, nas tonalidades creme e marrom, em misturas com algodoeiros brancos cultivados, das espécies G. barbadense L. e G. hirsutum L. raça marie galante Hutch, conhecidos como algodões arbóreos. Estes algodões coloridos, sempre foram considerados como misturas indispensáveis pelos industriais, tendo uso apenas artesanal e ornamental, principalmente nos Estados da Bahia e Minas Gerais. Estes algodoeiros foram preservados em bancos de germoplasma da Embrapa Algodão, em Patos, PB, desde 1984. A partir de 1989, foi iniciado o trabalho de melhoramento genético, após uma visita de empresários têxteis japoneses, que demonstraram interesse em adquirir este tipo de fibra. Foi colocado como objetivo do programa de melhoramento elevar a resistência das fibras, finura, comprimento e uniformidade bem como estabilizar a coloração das fibras nas tonalidades creme e marrom e elevar a produtividade a nível de campo. Utilizou-se inicialmente o método de seleção individual com teste de progênies, e posteriormente o método de hibridação seguido de seleção genealógica, para obtenção de variações nas tonalidades de cores. A partir de 1996 foram incluídas nas pesquisas algodões de coloração verde e procuradas novas