ALGAS E SEUS IMPACTOS EM SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS PARA ABASTECIMENTO: ESTUDO DE CASO SISTEMA GUARAPIRANGA
Resumo.
ALGAS E SEUS IMPACTOS EM SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS PARA ABASTECIMENTO: ESTUDO DE CASO SISTEMA GUARAPIRANGA
Dentre os vários problemas causados pela ação do homem no meio ambiente, destaca-se a eutrofização de mananciais e o consequente crescimento de algas.
Para captação de água em grandes centros urbanos, utilizam represas, as quais favorece o acúmulo de poluentes e causa um acelerado crescimento de populações fotossintetizantes. Esse crescimento desregular proporciona consequências negativas sobre a eficiência e os custo relacionados ao tratamento de água.
Desde o final da década de 60, a água do manancial de Guarapiranga sofre um processo de degradação ambiental, fruto da urbanização desordenada da metrópole paulista.
Devido ao grande lançamento de grande quantidade de nutrientes, proveniente de efluentes industriais e, principalmente de esgoto doméstico, o reservatório do Guarapiranga vem sofrendo um acentuado processo de eutrofização e, como consequência o comprometimento da qualidade das águas destinadas ao abastecimento público. A partir de 1982, fenômenos de floração de algas têm sido recorrentes, afetando negativamente o sistema de tratamento de águas (CETESB, 2003).
EUTROFIZAÇÃO DE MANANCIAIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Chapra (1997) define a eutrofização como o fenômeno do crescimento excessivo de plantas aquáticas através de uma super fertilização.
A qualidade da água bruta de um manancial depende das características da bacia hidrográfica, incluindo clima, hidrologia, geologia, pedologia, usos e ocupação da terra. Os lagos naturalmente recebem os sedimentos onde a decomposição do material produz nutrientes ainda em concentrações baixas, dentro de um ciclo natural. A partir momento que a agricultura ocupa- a bacia, os processos de fertilização para maximizar o rendimento das culturas acabam implicando em aportes significativos de fósforo e nitrogênio, nutrientes limitantes 'para as populações algais (VON SPERLING, 2005).