Algaroba
Publicado 01 Novembro 2013. em Artigos
Juliano
Ricardo
Fabricante
&
Centro de Referência para Recuperação julianofabricante@hotmail.com José
Alves
de de Áreas Degradadas
Siqueira
Filho
(CRAD/UNIVASF)
O processo de invasão biológica é caracterizado pela introdução e naturalização de espécies exóticas em um dado ecossistema de tal forma que passam a provocar danos ao seu funcionamento.
Pesquisas realizadas em diversos países vêm ressaltando os impactos causados por espécies invasoras sobre os ambientes naturais, a agricultura, a saúde humana e outros setores e serviços da sociedade. No Brasil a situação não é diferente e, particularmente na Caatinga, a situação é muito crítica, haja vista que a pressão antrópica nessa região, associada às características naturais do
Semiárido, concorrem para acentuar a degradação do meio biofísico.
Dentre as espécies já reconhecidas como invasoras na Caatinga, está a algaroba (Prosopis juliflora,
Fabaceae). A espécie foi introduzida no Nordeste do Brasil na década de 40 como uma promissora alternativa econômica, devido a sua plena adaptação ao clima Semiárido e por possuir qualidades para a produção de madeira, lenha, forragem, entre outros. Porém, a falta de manejo adequado e a facilidade de dispersão de suas sementes proporcionada pelos rebanhos de gado, caprinos e ovinos, transformaram o que seria uma solução econômica para as famílias do Semiárido, em um sério problema ambiental.
Os ambientes mais nobres da Caatinga, como as margens dos rios, as manchas de Neossolos
Flúvicos e as baixadas sedimentares, onde a água é mais abundante e a diversidade biológica é maior, são os sítios preferenciais da algaroba no Nordeste brasileiro. Nestes locais, ela forma maciços populacionais com altas densidades, impedindo a resiliência dos ecossistemas, o que é particularmente danoso para as espécies nativas raras e endêmicas. Contudo, a