alface
As diferenças fundamentais entre os orgânicos e convencionais aparecem na própria área de cultivo. Sueli Vieira Rodrigues, especialista em agricultura orgânica e biodinâmica, explica que a alface deve estar integrada a outros elementos da propriedade, como quebra-ventos e barreiras tossanitárias, e deve ser rotacionada ou consorciada com outras culturas.
Além disso, a implantação da área de cultivo segue um ritual diferente das áreas de plantio convencional, desde o preparo do solo. “No cultivo orgânico o solo é cultivado por sucessão. Primeiro se plantam os adubos verdes, um coquetel de sementes, normalmente composto por leguminosas e gramíneas, que são posteriormente incorporados ao solo, favorecendo a fertilidade daquela terra, melhorando sua permeabilidade, aumentando os teores de matéria orgânica e nutrientes, para que no transplante as mudas já encontrem condições adequadas ao seu desenvolvimento”, explica.
Controle de pragas e doenças
Como no cultivo orgânico não são usados agroquímicos no controle de pragas e doenças, devem ser tomadas medidas preventivas para evitar a contaminação e infestação das áreas de cultivo. As recomendações de Sueli Vieira partem da implantação de quebra-ventos, barreiras fitossanitárias e o planejamento e execuçao do plantio em consórcio e rotaçao dos canteiros. Essas medidas, esclarece a especialista, visam aumentar a fertilidade do solo, diminuir a contaminação por doenças e formar um micro-clima ideal para o plantio.
Melhoramento genético
Outro passo importante é a escolha das variedades a serem cultivadas. 'À alface, por ser uma planta originária de regiões de clima temperado, suporta bem o frio e até geadas leves. Por outro lado, tolera pouco o calor e dias longos com alta luminosidade. Nestas condições sai rapidamente da fase vegetativa, na qual produz folhas, e entra na fase reprodutiva, o pendoamento, na qual se prepara para produzir sementes”, diz Sueli Vieira.
Em algumas regiões do