Alfabetização
Levando em consideração as análises de Magda Becker Soares sobre letramento e alfabetização, essa diz que: “Se alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de escrita. Uma criança alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever; uma criança letrada é uma criança que tem o hábito, as habilidades e o prazer da leitura e da escrita” (Soares 2004).
Podemos considerar que letrar é direcionar a criança ao exercício das práticas sociais de leitura e escrita, é inseri-la ao campo das letras em seu sentido e contexto social, fazer com que a criança tome gosto pela leitura, e a alfabetização compreende a decodificação e assimilação dos signos linguísticos; alfabetizar está em inserir a criança para a prática da leitura, ou seja, fazer com que se aprenda a ler, não implicando em criar esse hábito, pois sabemos que pessoas alfabetizadas não necessariamente tomam gosto pela leitura, portanto não basta alfabetizar, é preciso letrá-la, fazer com que compreenda e questiona.
A Alfabetização e o Letramento estão intrinsecamente ligados, já que, de acordo com os Parâmetros Curriculares, o ensino da linguagem deve ser direcionado a três fundamentos básicos: a leitura, a compreensão e a produção numa relação de contexto social, e para que a alfabetização e o letramento tomem parte do ensino da língua em sua prática social é preciso que se alfabetize letrando. Mas como podemos contribuir para que as crianças se tornem alfabetizados e letrados? E qual o papel da escola nesse processo? Já que o letramento está na capacidade de interação desse sujeito com práticas sociais de escrita.
A escola tem o papel de alfabetizar, para a maioria dos pais já é o suficiente. Mas é preciso que eles compreendam que a criança já tem um contato com seu letramento e alfabetização mesmo antes de serem alfabetizados, desde que leiam para elas, sendo assim, não basta