Alfabetização e letramentos multiplos
Roxane Rojo dirige a nossa atenção a conceitos como alfabetização, alfabetismo, alfabetismo funcional, ajudando a diferenciá-los do conceito de letramento ou letramento múltiplo. O primeiro capítulo inicia com uma publicação de uma crônica na coluna Ponto de Vista da Revista Veja em 2003, que provocou uma grande polêmica porque criticava duramente os métodos de ensino-aprendizagem no Brasil. A crônica aborda a incrível habilidade que temos nos campos de futebol, o desastre que somos nas salas de aula e mostra o pouco planejamento dos alfabetizadores brasileiros no tocante ao ensino no nosso país.
Mas no decorrer da sua tese o cronista comete dois equívocos na definição de métodos e defende veementemente que só a adoção de um deles para que o Brasil possa melhorar seus índices no PISA. Porém, essa avaliação não pode ser considerada completo e/ou válido porque ele testa apenas uma das quatro habilidades que é a leitura, contudo esse exame é suficiente para mostrar as falhas educacionais relacionadas a leitura e compreensão/interpretação de textos.
O texto ganha uma nova abordagem a alfabetização, alfabetismo, e letramentos no Brasil e mais uma vez Rojo tece duras críticas ao autor da crônica e traz dados do CENSO realizados pelo IBGE nos anos de 2000 e 2007, para basear seus argumentos. Essa pesquisa mostra que nosso país está vencendo em tempo recorde a batalha contra o analfabetismo como se afirma:
“nota-se que, em sete anos, o país reduziu pela metade seu índice remanescente de analfabetismo. Isso acontece por várias razões, mas principalmente porque o acesso da população brasileira à escola ampliou-se, também em tempo recorde, chegando perto do universal no ensino fundamental, há menos de dez anos” (p. 19).
É notável, quase conseguimos erradicar o analfabetismo