ALFABETIZA O E LETRAMENTO
No século XVIII, Rousseau já percebera o erro das filosofias da época, que analisavam apenas, na constituição do conhecimento, o papel do sujeito (no caso do racionalismo) ou do objeto (no caso do empirismo). Em seu tratado sobre a educação, deixa claro que não concorda com nenhum dos dois reducionismos (que consideram o conhecimento em função de um dos elementos da relação sujeito/ objeto).
Piaget, quando afirma que o conhecimento deve-se dar na relação entre o sujeito e o objeto e por meio dela.
Ao considerarmos a interação entre sujeito e objeto uma estrutura bifásica, vemos que esses elementos são inseparáveis quando se trata da construção do conhecimento.
A principal questão levantada pelos teóricos é a de que o construtivismo é, antes de tudo, uma nova visão de mundo e da natureza humana – embora ainda seja considerada por muitos educadores um método de ensino (talvez pela própria necessidade de encontrar uma forma ou caminho para melhorar o rendimento escolar). Jean Piaget, que nos deu a conhecer essa nova visão sobre o processo de interação entre sujeito e objeto da aprendizagem.
Se considerarmos o desenvolvimento cognitivo um processo interativo e construtivo, com base em conhecimentos anteriores que são reestruturados a cada nova informação recebida, concluiremos que se trata de um processo dinâmico e dialético. O sujeito não nasce com o pensamento ou os conhecimentos; estes têm sua gênese (origem) no ser humano por internalização e reconstrução. Sendo histórico e social, o homem os constrói, reconstrói e internaliza, durante toda a vida, de acordo com os seus esquemas, nível de desenvolvimento e participação na sociedade.
O ser vivo interage com o meio físico e social, e por força de sua ação constrói conhecimento. Daí a afirmação de Becker (apud Elias 2000: 178) de que o construtivismo significa que “nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma