Alfabetiza O E Letramento
Prof. Paulo Roberto Sehnem
Aluno: Eliézer Fernando Suk
MODELOS DE LETRAMENTO E AS PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO NA ESCOLA
Durante o período de estudos realizado em nossa cidade, do qual pude participar somente no turno vespertino e ancorado no texto Modelos de Letramento e as Práticas de Alfabetização na Escola de Angela Kleiman, compreendi, em síntese, que a alfabetização refere-se à aquisição da escrita enquanto aprendizagem de habilidades para leitura, escrita e as chamadas práticas de linguagem. Isto é levado a efeito, em geral, por meio do processo de escolarização e, portanto da instrução formal. A alfabetização pertence, assim, ao âmbito do individual. O letramento, por sua vez, focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição da escrita. Entre outros casos, procura estudar e descrever o que ocorre nas sociedades quando adotam um sistema de escritura de maneira restrita ou generalizada: procura ainda saber quais práticas psicossociais substituem as práticas “letradas” em sociedades ágrafas.
Como analisa Soares (2002), Tfouni em obra posterior, afirma que: “Enquanto a alfabetização ocupa-se da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade” (1995, p.20), reafirmando a diferença entre alfabetização e letramento e insistindo no caráter individual daquela e social deste.
Kleiman (1995) afirma que “Podemos definir hoje o letramento como um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos”. (p.19) Conceitua pois letramento “como práticas e eventos relacionados com uso, função e impacto social da escrita” (1998, p.181). Para essa pesquisadora, letramento são as práticas sociais de leitura e escrita, os eventos em que essas práticas são postas em ação, bem como as conseqüências dela sobre a sociedade.