Alfabetiza o e Letramento critica
Até os anos 80 a alfabetização escolar no Brasil caracterizou-se por uma alternância entre métodos sintéticos e métodos analíticos, mas sempre com o mesmo pressuposto, o de que a criança para aprender o sistema de escrita, dependeria de estímulos externos cuidadosamente selecionados ou artificialmente construídos. Ainda nos anos 80, a perspectiva psicogenética da aprendizagem da língua escrita foi divulgada pela obra de Emília Ferreiro, sob a dominação do construtivismo. Trazendo uma significativa mudança na área da alfabetização, porque alterou a concepção do processo de aprendizagem.
Essa mudança permitiu identificar e explicar o processo através do qual a criança constrói o conceito de língua escrita como um sistema de representações do som da fala por sinais gráficos, revelando também o papel fundamental de uma interação intensa e diversificada da criança com práticas e materiais reais de leitura e escrita a fim o processo de contextualização da língua escrita.
Os dois processos, alfabetização e letramento, são indissociáveis, simultâneos, e interdependentes. A criança alfabetiza-se e constrói seu conhecimento do sistema alfabético e ortográfico da língua escrita em situações de letramento, ou seja, no contexto de interação com material escrito real e não artificialmente construído, por outro lado desenvolve habilidades e comportamentos de uso competente da língua escrita nas praticas sociais. O ideal seria alfabetizar letrando ou letrar alfabetizando, pela