Alfa 1

VALIDAÇÃO DO REAGENTE ALFA-1-GLICOPROTEÍNA ÁCIDA TURBIDIMÉTRICO

INTRODUÇÃO
A Alfa-1-Glicoproteína Ácida (AGPA) é uma proteína de fase aguda e, como tal, tem a propriedade de aumentar a sua concentração plasmática em resposta ao estado inflamatório que ocorre em infecções, ferimentos, cirurgias, trauma ou outras lesões teciduais. De maneira geral, a elevação dessa proteína indica um reforço nos mecanismos de defesa do organismo que inibem ou neutralizam as enzimas lisossomais liberadas pelos leucócitos fagocitários durante a necrose tissular. O interesse essencial de dosar as proteínas de fase aguda é permitir o registro de surtos inflamatórios,desde o início até o fim do processo e acompanhar as flutuações da doença, bem como avaliar a ação das terapêuticas antiinflamatórias. A AGPA pertence à classe das glicoproteínas. Mais de sessenta proteínas já foram identificadas e caracterizadas no plasma sangüíneo. Essas proteínas podem ser grosseiramente divididas em proteínas que não contém carboidratos e em glicoproteínas, que são proteínas simples unidas a carboidratos, geralmente, polissacarídeos; são proteínas formadoras de muco nos tecidos e nas secreções e, do ponto de vista estrutural, intervêm como componentes de ligamentos, tendões, cartilagens, etc. A maior síntese da AGPA é no fígado; também pode ser sintetizada pelos leucócitos e por células tumorais. O nível dessa proteína no sangue varia de acordo com o sexo e a idade. A sua função fisiológica é ainda discutida, porém, sabe-se que pode se ligar a hormônios como a progesterona, anestésicos, antibióticos, psicotrópicos, anticoagulantes, antiarritimíacos entre outros. Ela é constituída de 181 resíduos de aminoácidos e apresenta massa molecular de aproximadamente 41kDa a 43kDa. Cerca de 45% de seu peso são devidos a carboidratos, como hexose, hexosamina e ácido siálico presentes em iguais proporções. Esta característica a torna muito estável e muito solúvel passando pelo filtro glomerular em larga extensão,