Alexandria no tempo de roma
A Imagem Obsessiva
Lugar e Tempo na Roma de Adriano
Em 118, o Imperador Adriano construiu um novo Pantheon, no qual a estrutura arquitetônica favorecia a exibição dos símbolos políticos e das estatuas dos deuses. 500 anos depois, o mesmo prédio que alojava o Pantheon foi utilizado para alojar uma igreja cristã, o que terminou por conservar a obra arquitetônica na Idade Média.
Em sua época, o Pantheon marcou a ordem visual e o poder imperialista que Roma exercia sob a figura de seu imperador. Neste sentido, o autor ressalta que, em dada época, a necessidade de demonstração de força advinha dos pressupostos salientados pela cultura, posto que os antigos celebravam a força máxima dos músculos e dos ossos, assim como a demonstração visual dos mesmos por meio de imagens (estátuas).
Partindo disso, as representações plásticas romanas baseavam-se em arranjos geométricos que levam em consideração os princípios da forma e dimensão, assim como a simetria bilateral dos ossos e dos músculos, ouvidos e olhos, estendendo-se à representações arquitetônicas e sociais bem delimitadas, que correspondem as bases de uma regra a ser seguida quando se trata das representações citadas – sejam elas corpóreas ou sociais.
Essas representações arquitetônicas correspondiam, como salienta o autor, na necessidade do enfatizar da continuidade da cultura romana em meio ao seu processo de conquista e expansão. Assim como também representa a essência romana e suas predileções.
Em relação ao corpo humano, os romanos tentavam vivenciar sob os mesmos o pressuposto do tempo, ao mesmo tempo que conflitavam essa realidade de culto ao corpo com as premissas cristãs em ascensão, na qual a necessidade de transformação do corpo era menos urgente.
Neste sentido, o autor conclui que a passagem do panteísmo para o monoteísmo problematizou a sociedade romana em sua relação com o corpo, lugar e tempo.
1. OLHAR E CRENÇA
Os Medos de um Imperador
Com o ideário voltado a