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Princípio das Relações Internacionais  Karen A. Mingst

CAPÍTULO 4: O Sistema Internacional
 Para os realistas e radicais, o conceito de sistema internacional é vital para as suas análises. Para os liberais, o sistema internacional é menos preciso como mecanismo explanatório e menos consequente. Para os construtivistas, o conceito de sistema internacional está ligado às noções de mudança.
 Partindo do pressuposto de que as pessoas agem de modo regularizado e que os padrões de interação entre elas são em grande parte habituais, realistas e behavioristas, fizeram uma transição conceitual e afirmaram que a política internacional é um sistema cujos protagonistas principais são os estados individuais. Essa nocão de sistema está entranhada no pensamento das 3 escolas teóricas dominantes de relações internacionais.

PARA OS LIBERAIS:
 O sistema internacional não é central. Por consequencia, há 3 concepcões diferentes do sistema internacional no pensamento liberal.
 Primeira concepção (interdependência entre protagonistas): ve o sistema internacional não como uma estrutura, mas como um processo no qual ocorrem múltiplas interações entre diferentes partes e no qual vários protagonistas aprendem com a interação. Os protagonistas são não apenas os Estados, mas também organizações governamentais internacionais (Nacões Unidas), organizações não-governamentais (Human Rights Watch), corporações multinacionais e protagonistas subestatais (parlamentos e burocracias). Cada tipo diferente de protagonista tem interações com todos os outros. Com tantos tipos diferentes de protagonistas, uma pletora de interesses nacionais define o sistema internacional liberal. O sistema internacional, neste caso, é interdependente, no qual os diferentes protagonistas são sensíveis e vulneráveis às ações dos outros.
 Segunda concepção (sociedade internacional): vem da tradição inglesa e da sociedade tradicional. Enquanto o sistema internacional compreende um grupo de comunidades