aleitamento materno
Materno 6
Amamentar é muito mais do que alimentar. Além de nutrir, a amamentação promove o vínculo afetivo entre mãe e filho e tem repercussões na habilidade da criança de se defender de infecções, em sua fisiologia e em seu desenvolvimento cognitivo e emocional, e também na saúde física e psíquica da mãe.
Apesar de todas as evidências científicas provando a superioridade do aleitamento materno (AM) sobre outras formas de alimentar a criança pequena, a maioria das crianças brasileiras não é amamentada por dois anos ou mais e não recebe leite materno exclusivo nos primeiros seis meses, como recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil. A II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal mostrou um comportamento bastante heterogêneo dos principais indicadores do AM entre as diversas capitais e regiões do País.1 Do total das crianças analisadas, 68% mamaram na primeira hora de vida (58% a 83%), 41% dos menores de seis meses estavam em aleitamento materno exclusivo (AME) (27% a 56%) e 59% das crianças entre 9 e 12 meses estavam sendo amamentadas (48% a 83%). A duração mediana do AME foi de 54 dias (0,7 a 89 dias) e a do AM de 342 dias (293 a 601 dias).
O profissional de saúde tem papel fundamental na promoção, proteção e apoio ao AM. Para exercer esse papel ele precisa, além do conhecimento e de habilidades relacionados a aspectos técnicos da lactação, ter um olhar atento, abrangente, sempre levando em consideração os aspectos emocionais, a cultura familiar, a rede social de apoio à mulher, entre outros aspectos.
Este capítulo tem por objetivo fornecer informações básicas ao profissional de saúde para que ele possa contribuir, de maneira eficiente, para que as mães tenham uma amamentação bem sucedida. Os problemas relacionados à lactação e seu manejo são abordados no capítulo 7 – volume 1 desta obra.
6.1 Definições
O Ministério da Saúde adota as seguintes