Aleijadinho
Aleijadinho
Exposição Aleijadinho Arte e Fé Brasileira – Ofício Divino
A mostra “Aleijadinho Arte e Fé Brasileira – Ofício Divino”, no Museu de Arte Sacra de São Paulo, exibiu peças atribuídas a Aleijadinho assim como propôs para futuros estudos de atribuição imagens indicadas pelo colecionador1. O escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e sua oficina, inserem-se em um contexto estilístico denominado Barroco, que enquanto expressão artística teria surgido na Europa no final do séc. XVI. O Barroco como instrumento do próprio pensamento Político, Cultural e Religioso é explorado pela Igreja Católica na busca da exaltação do sagrado sobre o objeto profano, como conseqüência do Concílio de Trento, que estimulou a evangelização católica, dada ao avanço do Movimento da Reforma Protestante. No Brasil, o Barroco desenvolveu-se na Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais, até o fim do século XVIII. Assim, o escultor mineiro é tido como um de seus maiores expoentes, com vasta produção na região de Minas Gerais. Dentre sua numerosas obras destacam-se: o conjunto do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinho, em Congonhas do Campo-MG e a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, em Ouro Preto-MG. Segundo Bretas2, primeiro biógrafo do artista, Aleijadinho sofreu uma enfermidade a partir dos 47 anos de idade. Uma doença desconhecida, difícil de identificar, obrigou-o a produzir com instrumentos amarrados ao seu punho, assim como também desenvolveu uma dificuldade de locomoção. Particularidades que nunca foram comprovadas e que contribuíram para a construção da figura mítica que cerca a alcunha Aleijadinho. A exposição vale-se do grande interesse que o mestre mineiro, Aleijadinho, desperta no público. O conceito curatorial3 dessa mostra pretende explorar diferentes facetas do artista, explorando sua espiritualidade, indicada como seu “Ofício Divino”, que, para efeito da exposição em