alcool
Prof. Dr. Cláudio Cabello – Diretor do CERAT/UNESP, Botucatu/SP dircerat@fca.unesp.br
Botucatu, 24 de maio de 2005
A utilização da mandioca como fonte de carboidratos para produção de etanol sempre foi considerada tomando-se como referencial a cultura da cana de açúcar que lhe concorre com vantagens nada desprezíveis. De um lado uma cultura predominantemente de utilização na alimentação na forma in natura ou como farinha atendendo extensas populações e de outro uma cultura praticada intensivamente para produção de açúcar que suprindo a demanda interna, acessa importantes mercados de exportação. Fatores outros determinaram a convergência de recursos financeiros e humanos no desenvolvimento de tecnologias para a produção de cana de açúcar e também a melhorias no processo agroindustrial, de modo que após a maturação destes investimentos, principalmente no período de 1970 até 1990, a realidade nos oferta um sistema otimizado de produção de açúcar e/ou álcool de qualidade. O mesmo não aconteceu com a cultura e agroindustrialização da mandioca que tem caminhado com o apoio tradicional de organismos de fomento à pesquisa como o CERAT, IAC, IAPAR, EMBRAPA, e outros. Tendo esta realidade como cenário, tanto uma como a outra fonte de matéria prima apresentam características de produção de carboidratos que ao longo do tempo vem sendo estreitada com o desenvolvimento de novos clones de variedades de mandioca que vão aos poucos trazendo uma maior produtividade no campo, racionalização no manejo da cultura, desenvolvimento de melhorias na produção agrícola, etc que tem estimulado o setor e deste modo recorrente tem-se uma melhoria global na produção. Para a cultura da mandioca existe ainda muito espaço a ser conquistado em termos de produtividade agronômica, enquanto que para cana de açúcar que a anos vem desenvolvendo o seu potencial agronômico, os incrementos em produtividade vão sendo menores e a maiores custos. A Tabela 1