alcoois e eteres
Para países produtores e exportadores de açúcar de cana como Brasil e Cuba é de elevada importância o aproveitamento dos subprodutos: bagaço, óleo fúsel e dióxido de carbono1. O bagaço é empregado como fonte de energia diminuindo o consumo de petróleo nas usinas2 ou como matéria prima para a produção de papel e materiais de construção3. Entretanto, o óleo fúsel4 e o dióxido de carbono5 ainda não são devidamente aproveitados.
Óleo fúsel é a fração menos volátil obtida durante o processo de destilação do álcool combustível. A produção de álcool em uma usina de porte médio pode alcançar até 1,5 milhões de litros por dia. A proporção média de óleo fúsel é estimada em 2,5 litros cada 1000 litros de álcool. Assim, torna-se evidente que o volume de óleo fúsel produzido anualmente é considerável, levando-se em conta que a produção de álcool na safra 1997/98 foi de 15,4 bilhões de litros6,7. Este trabalho tem como objetivo o estudo qualitativo e quantitativo da composição química do óleo fúsel com vistas à fornecer subsídios para a sua exploração industrial.
PARTE EXPERIMENTAL
Reagentes
Os padrões de álcoois, ésteres, áldeídos e cetonas foram sempre de grau analítico (Merck, Aldrich). O álcool etílico e o álcool metílico utilizados foram de grau cromatográfico (Carlo Erba, Mallinckrot). A água utilizada foi previamente destilada e posteriormente desionizada por um sistema Milli-Q (Millipore). O reagente 2,4-dinitrofenilidrazina (Aldrich) foi purificado por três sucessivas recristalizações em metanol.
Amostras
Foram coletadas amostras de três indústrias produtoras de açúcar e álcool do Estado de São Paulo. As amostras foram codificadas como OF-1, OF-2 e OF-3. Para uma melhor representatividade foram coletadas três amostras de cada produtor em diferentes etapas da safra. Uma das coletas foi uma alíquota proveniente de um tanque de 5000 litros de óleo fúsel correspondente ao total acumulado durante toda uma safra. Assim, esta última fornece