Alberto Santos Dumont
Alberto Santos Dumont nasceu em Palmira, no estado de Minas Gerais, em 20 de julho de 1873. Seu pai era francês e sua mãe era brasileira. Na fazenda da família, em Ribeirão Preto (estado de São Paulo), leu A volta ao mundo em oitenta dias, de Júlio Verne, que teve influência decisiva nos seus sonhos de voar. Foi ali também que leu os livros de Camille Flammarion e Wilfrid de Fonvielle sobre a história da navegação aérea e do balão de hidrogênio. Era um garoto curioso, gostava de motores, de mecânica e de tecnologia, e teve toda a liberdade do mundo para se aventurar.
Trabalho na França
Em 1897, aos 24 anos, foi para a França, onde começou a investir na realização de seu sonho a fortuna herdada do pai. Aprendeu a pilotar balões, ao mesmo tempo em que começou a criar os seus próprios. Entre eles, o Brasil, em 1898, considerada a menor aeronave até então construída, e o Amérique, com o qual conseguiu, em 13 de junho de 1899, o quarto lugar num torneio aéreo — destinado ao balonista que pousasse mais distante do ponto de partida —, após 325 quilômetros percorridos e 22 horas de voo.
Mas o sonho de Santos Dumont era poder controlar seus voos. Começou, então, as experiências com balões alongados, dotados de lemes e motores a gasolina, inventados por ele.
Foi ele que projetou e construiu os primeiros balões dirigíveis autênticos, tendo voado neles. Esse mérito lhe foi garantido internacionalmente pelo Prêmio Deutsch, após contornar, em 1901, com seu dirigível número 6, a Torre Eiffel, em Paris.
A partir daí, ele se impôs novo desafio: o voo em um aparelho mais pesado que o ar, sem o auxílio de um balão. Começou as experiências em 1905, a partir de um aeromodelo de planador, seu aparelho que levava o número 14-bis, inspirado num protótipo feito cem anos antes pelo cientista inglês George Cayley. Na apresentação oficial, no dia 19 de