Alberto caeiro
HETERÓNIMO DE FERNANDO PESSOA
Cristiano nº10 12ºA
Português
ORIGEM DE ALBERTO CAEIRO
Personagem ficcional de Fernando Pessoa;
Apareceu na sua poesia em 1913/1914;
Criado no intuito de fazer uma partida a Sá
Carneiro.
O HETERÓNIMO
Nasceu em 1889 em Lisboa ;
Viveu quase toda a vida no campo;
Não teve profissão;
Apenas frequentou instrução primária;
Apelidado de Mestre (ingénuo);
Estatura média;
Louro e olhos azuis;
Aparentemente rijo;
Morreu de tuberculose em 1915.
POEMA XXIV DE “O GUARDADOR DE REBANHOS”
O que nós vemos das cousas são as cousas.
Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seriam iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma sequestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores,
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.
ANÁLISE DO POEMA XXIV DE “O GUARDADOR DE
REBANHOS”
O que nós vemos das cousas são as cousas.
Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seriam iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
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as coisas são como as vemos e nada mais para além disso; querer ver para além das coisas é raciocinar, logo iludir-se.
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
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o “eu” lírico diz-nos que o essencial é ter consciência de sentir e saber ver sem raciocinar.
Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um