Alavancas de controle
Introdução: o modelo alavancas de controle foi proposto por Simons (1995) e relaciona aspectos temporalmente distantes (crenças e incertezas estratégicas), avalia os efeitos (limites), as causas (crenças), englobando aspectos práticos (limites) e teóricos (crenças e incertezas).
Referencial: Para Simons (1994) os sistemas de controle são importantes para gerenciar mudanças, principalmente nos momentos de mudanças estratégicas, quando os gestores necessitam manter fronteiras de atuação, e para incentivar o debate e a discussão sobre as incertezas estratégicas naturais em ambientes dinâmicos.
O sistema de controle estratégico de Simons (1995), está baseado em quatro variáveis chave: valores centrais, riscos a serem evitados, incertezas estratégicas e variáveis de desempenho críticas.
De acordo com Simons (1994), sistemas de controle são mais bem definidos como procedimentos formais e sistemas que utilizam informação para manter ou alterar padrões na atividade organizacional e como sistemas de planejamento, relatórios e monitoração (SIMONS, 1987, 1990). Neste contexto, se estabelece o que o autor denomina “alavancas de controle” (levers of control), ou seja, sistemas de controle genericamente classificados como sistemas de crenças (belief systems); sistemas de limites/controle de fronteiras (boundary control systems); sistemas de controle de diagnóstico (diagnostic control systems); e sistemas interativos (interactive systems). Para Simons (1995), o sistema de crenças se caracteriza como um conjunto de definições de controle social e cultural com o propósito de demarcar propósitos e valores, bem como procedimentos formais nas definições estratégicas de longo prazo. Este sistema de controle baseado em valores tem por finalidade orientar/reforçar o senso coletivo e comprometimento dos colaboradores quanto à identificação com a organização para que se desenvolva o senso de integração entre objetivos individuais e organizacionais.