Alavancagem Financeira
Tomando como base o dilema da administração financeira (liquidez x rentabilidade), analisa-se a relação entre posição financeira e retorno do acionista. Se uma empresa opta por trabalhar com alta liquidez, ela mantém um nível de endividamento baixo, evitando o risco financeiro através da manutenção de poucos recursos de terceiros em sua estrutura de capital. A empresa abre mão da rentabilidade que poderia ser proporcionada por estes recursos. Por outro lado, quanto maior o nível de endividamento, menor a liquidez e maior o risco financeiro. Mas é na sábia utilização destas fontes externas de recursos, que encontra-se o aumento da rentabilidade. Se a empresa, ao analisar os pontos fortes e fracos comentados no item anterior, aplica os recursos tomados em ativos que geram rendimentos maiores que o custo desta captação, temos a formação do spread. É a parcela gerada na utilização de capital de terceiros que, ao somar-se com o retorno das atividades operacionais formam o retorno final do acionista. Assim, a alavancagem financeira é definida por Silva (2006, p. 536) como “(...) o impacto do uso de capitais de terceiros na geração de valor (...)”.
Porém, é importante ressaltar que, se os recursos de terceiros aplicados não gerarem um resultado superior ao seu custo, o acionista terá o seu retorno prejudicado. Ou seja, a alavancagem financeira pode funcionar de maneira positiva ou negativa, maximizando ou minimizando o retorno do acionista.
Bernstein e Wild (2000, p. 258) afirmam que "(...) quanto maior a alavancagem financeira, menor é a proporção de ativos financiados por capital próprio", sendo maior a participação de recursos de terceiros na estrutura de capital. Silva (2006) aponta também esta relação ao dizer que a alavancagem financeira muda conforme a modificação no percentual de dívida em relação ao ativo total. Assim, quanto maior a alavancagem financeira, maior o retorno do acionista e maior o risco financeiro.
Existe forte